28.2.10

preconceito sem sentido ou pontuação, o que te vier à cabeça, linha de raciocínio talvez


um dia de céu azul e vento claro veio a pá e comeu o donut gordinho e colorido
que vinha desde há muito a peregrinar e a condensar em si toda a virtude de
exploração humana e comercial latente como por exemplo árvores vermelhas
cor-de-rosas e verdes com botões de cristal apetitosos, saborosos e sexuais pele
com pele e depois cabelos castanhos ou escuros cor de pele pele pele camel e um
cigarro a seguir não enjoativo com café e adoçante e com sofás confortáveis sem
rasteiras nem isqueiros emprestados sem segurança ou cor estúpida sem lembrança
do antigamente em que damas e campónios fornicavam sem permissão no celeiro lá
de casa e cheirava a broa escura com manteiga e leite gordo que faz mal mas não
havia mais e travessões com pérolas claras e negras e metal grades arames
farpados guerra e espingarda morte flagrante ratos ratazanas a comerem a
podridão sem réstia de pureza ou valores só escárnio maldade e epa naturalismo
excessivo de zola a besta humana talvez

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